Desculpe, Neymar
Desculpe, Neymar, / mas nesta Copa eu não torço
por vocês. / Estou cansado de assistir ao nosso povo / definhando pouco a pouco
/ nos programas das TVs. / Enquanto a FIFA se preocupa com padrões, / somos
guiados por ladrões / que jogam sujo pra ganhar. / Desculpe, Neymar, / eu não
torço desta vez.
Parreira, eu vi / aquele tetra fez o povo tão
feliz, / mas não seremos verdadeiros campeões / gastando mais de 10 bilhões / pra
fazer Copa no país. / Temos estádios lindos e monumentais / enquanto escolas e
hospitais / estão à beira de ruir. / Parreira, eu vi / um abismo entre Brasis.
Foi mal, Felipão. / Quando Cafu ergueu a taça e
exibiu / suas raízes num momento tão solene, / revelou Jardim Irene / um
retrato do Brasil. / A primavera prometida não chegou. / A vida vale mais que
um gol. / ¿E as melhorias onde estão? / Foi mal, Felipão. / Nossa pátria não
floriu.
Eu sei, torcedor, / que a minha simples e
sincera opinião / não vai fazer você, que ganha e vive mal, / deixar de ir até
o final / junto com nossa seleção. / Mesmo sem grana pra pagar o ingresso caro,
/ nunca vai deixar de amar o / nosso escrete aonde for. / Eu sei, torcedor. / É
você quem tem razão.
Edu Krieger
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